A pandemia causada pelo vírus COVID-19 fez com que a indústria farmacêutica, startups, universidades e institutos de pesquisa público-privado criassem uma força-tarefa para o desenvolvimento das vacinas para conter o Sars-Cov-2. Hoje, no mundo, há sete vacinas aprovadas na Fase 3 para uso na população, são elas: Pfizer/BioNTech, Moderna, Astrazeneza/Oxford, Coronavac, Novavax, Janssen e Sputnik (fonte).
Dentre as diversas tecnologias utilizadas para a produção das vacinas, destaca-se a inovadora tecnologia baseada em RNA mensageiro. As vacinas gênicas, como são chamadas, utilizam um fragmento de RNA que expressa a proteína responsável pelo desencadeamento da resposta do sistema imunológico. Neste caso, o RNA mensageiro está codificado para expressar uma proteína específica do Sars-Cov-2, denominada spike. Além disso, o fato do spike ser uma região altamente conservada, cooperou para o desenvolvimento das vacinas gênicas. As vacinas gênicas foram desenvolvidas por duas startups: a alemã BioNTech e a norte-americana Moderna.
Apesar das vacinas contra o COVID-19 terem destaque na mídia e na imunização, outra classe de imunobiológicos é o soro. Nesse caso, durante a administração do soro, ocorre uma imunização passiva dos pacientes, onde os anticorpos são purificados do sangue de um animal infectado, mais comumente o cavalo. Nesse contexto, o Instituto Butantan, referência nacional na produção de soro antiofídico, saiu na frente quando anunciou que já possui frascos prontos para o início dos testes de segurança e eficácia em pessoas. O soro pode ser usado para tratar pessoas que apresentem os primeiros sintomas da doença, para bloquear o avanço da infecção. Dessa forma, o soro pode agir enquanto ainda não há antivirais eficazes contra a Covid-19.
Além de serem moléculas chave na composição de soros, os anticorpos também isoladamente também apresentam importantíssimas aplicações. Nos Estadosestados Unidos, a FDA (U.S. Food and Drug Administration) autorizou o uso de anticorpos monoclonais para o tratamento de COVID-190. Os anticorpos monoclonais são proteínas sintetizadas em laboratório que possuem a capacidade de atuar no combate aos patógenos, como o vírus. A notícia completa sobre o uso dos anticorpos monoclonais pode ser acessada aqui. Além de ser utilizado para fins terapêuticos, devido à sua alta especificidade, os anticorpos monoclonais também podem ser aplicados para em testes diagnósticos e em métodos analíticos.
Com a finalidade de otimizar a produção de anticorpos monoclonais e de desenvolver um processo passível de ser escalonado, sua produção é geralmente feita em biorreatores. O avanço em bioprocessos é essencial para a otimização da produção de insumos utilizados no tratamento do COVID-19, como os anticorpos monoclonais. A produção dessas moléculas em biorreatores envolve uma série de fatores que podem ser otimizados, como a definição do melhor sistema de produção, crescimento celular e purificação do produto obtido.
No caso das vacinas, 90% da matéria-prima é importada (fonte). Isso se dá principalmente pela falta de incentivo à pesquisa e desenvolvimento de insumos farmacêuticos no Brasil. Nesse cenário, a Biotimize, que acredita no desenvolvimento da biotecnologia nacional, oferece consultoria para viabilizar projetos que envolvam bioprocessos para a produção de medicamentos e insumos. Dessa forma, atuamos no desenvolvimento de projetos propriamente dito, o que envolve: estabelecimento de métodos analíticos para quantificar os produtos de interesse, otimização das melhores condições de cultivo para o crescimento celular, implementação e desenvolvimento de processos de purificação envolvendo cromatografia e separação de fases, e testes de estabilidade da formulação final. Além disso, o desenvolvimento de produtos para o setor farmacêutico esbarra em diversas regulamentações da ANVISA. Segundo a Nature Reviews, os principais desafios incluem a escalabilidade das boas práticas de produção, se enquadrar nas regulamentações e possuir uma documentação de qualidade. A Biotimize pode auxiliar na parte regulatória para registro e autorização de insumos farmacêuticos (mais informações aqui sobre registro de insumos farmacêuticos). Vamos juntos tornar a biotecnologia nacional referência mundial!
Se você quiser saber mais sobre o COVID-19, dados atualizados e recomendações sobre vacinas, existem alguns portais no Brasil que trazem informações atualizadas sobre: Observatório COVID-19 BR e o Portal do coronavírus do próprio Instituto Butantan.